segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ciência na Bíblia - As tempestades

Grandes tormentas serviram ao propósito de Deus em algumas passagens das Escrituras


Na Bíblia,não são poucas vezes os personagens enfrentaram tormentas– e não estamos falando só no sentido figurado. Homens e mulheres de Deus tiveram que passar por grandes tempestades, que servem de exemplo até hoje quando o assunto é perseverança. Em outras vezes, os temporais foram artifícios divinos.
“Tempestade” e “temporal” derivam do latim “tempus”, que dá a ideia de tempo no sentido cronológico, e não só no climático. Como surgiu isso?
Os antigos nomearam as tormentas dessa forma porque algumas delas ocorriam nos mesmos períodos de todos os anos. Um furacão do Atlântico, por exemplo, é comum entre o verão e o outono. Por isso, no inglês há duas palavras para as tempestades: “tempest” para as que têm períodos certos e “storm” para as que não seguem tal padrão. Com o tempo, claro, quase não há mais a distinção. Ambas as palavras são usadas da mesma forma, a despeito da época.

O Dilúvio

A primeira grande tempestade relatada na Palavra Sagrada foi, obviamente, o Grande Dilúvio, que inundou toda a Terra por intenção divina, para que fosse possível um recomeço. Para enfrentar a inundação, Deus ordenou ao patriarca Noé que construísse sua famosa grande embarcação, a fim de preservar, como um arquivo vivo, as pessoas que acreditassem no aviso do Pai e as espécies animais.
“Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará. 
Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. 
E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.”
Gênesis 6:17-19

Jonas

Uma segunda grande tempestade descrita na Bíblia diz respeito à bem conhecida passagem protagonizada pelo profeta Jonas. Deus lhe ordenou que admoestasse os habitantes de Nínive, na Mesopotâmia, pela escandalosa intensidade do pecado entre eles, senão a grande metrópole seria destruída com todos.
“Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da 
presença do SENHOR. 
Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o navio estava 
a ponto de quebrar-se.”Jonas 1:3-4
Cheios de superstição, os homens do mar creditaram ao inesperado passageiro a crise, e lançaram-no à água.
A tempestade foi um artifício do Senhor para amedrontar os marujos e eles procurassem se livrar do desobediente profeta. Feito isso, Deus fez com que um grande peixe o engolisse para, 3 dias depois, jogá-lo em terra, para que de lá ele fosse para a cidade à qual havia sido mandado originalmente. Por causa do aviso de Jonas, que surtiu efeito entre os habitantes, Nínive não foi destruída.

Jesus na Galileia


Mesmo quem não professa a fé cristã conhece a passagem em que Jesus acalmou uma tremenda tempestade no Mar da Galileia quando estava a bordo de um barco com seus discípulos.
Especialistas alegam que a citada tormenta teve origem natural, por um motivo bem plausível: o Mar da Galileia, que na verdade é um enorme lago, realmente é palco de tempestades repentinas. Isso acontece porque grandes frentes de ar seco e frio das colinas à sua volta chocam-se com o ar intensamente úmido e quente do lago, ocasionando a forte precipitação, gerando ventos de grande velocidade.

Não importa que o início do temporal tenha sido natural, pois Jesus, mesmo assim, o usou como lição a seus seguidores:
“E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. 
E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. 
E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. 
E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os vent ventos e o mar lhe obedecem?”Mateus 8:24-27

O naufrágio de Paulo


Muitos conhecem vários acontecimentos concernentes à conversão e às grandes viagens missionárias de Paulo de Tarso. Um fato menos conhecido é o de ele ter sobrevivido a um grande naufrágio, e é nisso que entra a terceira grande tempestade citada na Bíblia.
Como está registrado em Atos 27 e 28, o Império Romano ordenou a prisão do apóstolo, que foi levado a bordo de um navio militar que ia para a Itália. Deus falou a Paulo sobre uma grande tormenta, da qual o livraria com vida, assim como aos soldados e outros prisioneiros. No Mediterrâneo, quando a viagem estava até então bem tranquila, por águas calmas, foram repentinamente jogados de um lado para outro pelo fortíssimo vento conhecido como Euro-aquilão, que parte da Europa para o Mediterrâneo e pode chegar à velocidade típica de um furacão, ocorrendo tipicamente no outono ou no inverno. Por mais de 10 dias, o navio foi jogado de um lado a outro pela porção mediterrânea conhecida como Mar Adriático (que banha a costa leste italiana), sem controle.


Obedecendo a orientação de Paulo, os marinheiros deixaram o barco seguir solto, ao sabor da ventania, em direção novamente ao grande Mediterrâneo, até encalhar propositalmente numa praia da ilha de Malta e ser destruído pelas ondas. No entanto, todos os 276 ocupantes, incluindo Paulo, se salvaram, nadando até a areia e as pedras.
Tenham as tempestades bíblicas começado natural ou divinamente, Deus sempre achou um modo de usá-las para manifestar a Sua glória.

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