Embora tenha sido cenário da maioria dos mais importantes acontecimentos bíblicos, não passava de uma estreita faixa de terra.
Ao lermos a Bíblia, a maior parte dos acontecimentos se deu em Israel, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Temos a impressão de que era uma terra vasta, o que, para a época, sem transporte motorizado, fazia muito sentido.
Para se ter uma ideia, o comprimento de norte a sul não passava de 240 quilômetros. A largura era de cerca de 40 quilômetros na parte norte e de 95 na sul.
No entanto, essa área menor que a dos menores estados brasileiros foi palco de alguns dos acontecimentos mais importantes da história da humanidade.
A planície costeira, na parte sul, não era muito apropriada à agricultura nos tempos bíblicos, onde predominavam as dunas, áreas pantanosas e algumas florestas.Lá viviam os filisteus, acostumados á vida nômade pelas más condições do luga.Já a porção norte era bastante fértil, de natureza exuberante, chamada de Valem do Sarom, aos pés do Monte Carmelo.Próximo dele, à margem do Mediterrâneo, vários portos naturais eram usados pelos navegantes fenícios, exímios mercadores.
Sefelá nada mais era que um vasto conjunto de colinas com cerca de 24 quilômetros de extensão, uma proteção natural entre a planície costeira e a região mais montanhosa do centro. Muito fértil, era sempre disputada entre filisteus e israelitas. Era cortada por quatro vales, com famosas cidades fortificadas como Gezer e Laquis, postos de vigia das estradas da região.
Na área montanhosa ao centro ficavam as cidades mais importantes, como Jerusalém e Hebrom. A oeste, um leve declive levava ao litoral mediterrâneo. A leste, a descida era bem mais íngreme até o vale do rio Jordão. A posição da cidade-coração de Israel era estratégica: por não haver por ali grandes estradas internacionais, o isolamento era precioso.
Partindo do centro montanhoso para o oeste, passava-se pelo vale de Megido, bem como pelas colinas de Golã, na Galileia. Era o lugar das importantes rotas comerciais entre o Egito e a Mesopotâmia, causa e consequência de ser um importante ponto estratégico mercantil e militar – falando nisso, foi palco de grandes batalhas, e ainda será: muitos acreditam que será o front da batalha do Armagedom, prevista em Apocalipse.
A Galileia era como uma interrupção da cordilheira central, onde o declive terminava, e começava a subida em direção às montanhas do Líbano. As baixas colinas da região eram extremamente férteis, o que ocasionou grande prosperidade, além das rotas comerciais que a cruzavam. É onde fica o Mar da Galileia (foto acima), um grande lago de riquíssimo ecossistema, em uma região bem desenvolvida, onde Jesus passou a maior parte de sua vida terrena.
Entre os mares da Galileia e o Morto estava o Vale do Jordão (foto abaixo), na parte mais baixa do relevo do planeta Terra, (a superfície do Mar Morto está 400 metros abaixo do nível do mar).
A Transjordânia, a leste do Jordão, era uma vasta região de montanhas que atingiam cerca de 580 metros de altitude ainda na Galileia, chegando aos 2 mil metros a sudeste do Mar Morto. A abundância de chuvas, por causa do relevo (o ar se resfria, possibilitando a prtecipitação), originou áreas muito ricas em pastos, lugar de muitos rebanhos de ovinos e caprinos.
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