Um simples detalhe pode fazer grande diferença na vida da mulher.
A balança mostra que está acima do peso, o rosto já não é como antes e o corpo é repleto de defeitos. Essas podem ser algumas observações – principalmente de mulheres – capazes de levar a uma autoestima frágil, com possibilidade até mesmo de interferir na relação com as pessoas ao redor.
Para a psicóloga Roseleide da Silva Santos, o problema se agrava quando a mulher tem outras coisas como referência. “Há quem se ache gorda, por exemplo, porque sabe que tal peso corresponde a ser gorda ou magra, conforme os padrões da sociedade. Mas o pior é quando se sente gorda mesmo estando com peso abaixo da média.”
Essa maneira como a mulher se percebe pode interferir na forma como ela se relaciona com o outro. “Voltando no mesmo exemplo, quando a mulher se sente gorda, inevitavelmente está se comparando a outra pessoa, e isso é um grande problema que muitas têm: não se aceitar”, enfatiza Roseleide.
A mulher deve analisar outros fatores antes de considerar um detalhe como algo grave e que deve ser rapidamente mudado. “Ela precisa analisar o seu biotipo, herança genética, estilo de vida e saber que esse é o corpo que pode ter e não aquele que gostaria de ter, vendido como um corpo de mulher ideal, que é alta, magra e loira.”
O começo do problema
Quando a mulher não está dentro desse perfil rotulado, sua autoestima começa a ser afetada drasticamente. “Ela se sente rejeitada, frustrada, à margem da sociedade. Além de não se aceitar como é, por não estar conforme os padrões impostos”, explica a psicóloga.
Começa aí também um consumismo desenfreado, em busca do padrão imposto, para, assim, se aceitar. “A consequência é se tornar um produto da mídia, da sociedade, da cultura, e deixar de ser ela mesma, de ter uma identidade pessoal e autêntica”, finaliza Roseleide.
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