O papel dos pais é direcionar e orientar, e não determinar o que ele terá como ofício.
Mal a criança nasceu e já tem pais querendo que o filho seja jogador de futebol, mães que desejam que a menina seja modelo ou bailarina. Mas até onde os pais podem e devem intervir nessa escolha?
Para a psicóloga Roseleide da Silva Santos o primeiro passo é não arquitetar o que o filho pode ser. “É preciso tomar cuidado porque esta idealização interfere sim, porém a criança deve ter condições para desenvolver suas habilidades naturais, vocações, aptidões. Há uma grande diferença entre o que os pais querem e o que realmente o filho pode ser.”
Ela também explica que os pais podem ajudar, mas não determinar. “Se o filho gostar da proposta, se demonstrar algum interesse, tudo bem. Mas o que não pode é conceber uma ideia e obrigá-lo ou persuadi-lo àquilo.”
O direcionamento
Os pais possuem um papel de suma importância quando seus filhos começam a pensar em sua futura profissão, pois são eles que podem esclarecer as dúvidas. “É na adolescência que os filhos começam a recorrer aos pais para saber a opinião. Eles podem contar o que o filho gostava quando era mais novo e onde encontrava dificuldade, ou seja, podem ajudá-lo no processo de reconhecer suas habilidades”, ensina Roseleide.
Esse direcionamento dos pais é para que o filho entenda o real significado de ter uma profissão. “Além de ganhar dinheiro, o objetivo de ter uma carreira é encontrar um espaço para ser o que é, reconhecendo-se no ofício”, esclarece a psicóloga.
Caso contrário é o filho quem sentirá e sofrerá mais as consequências dessa interferência enfática. “Ele não se sentirá feliz, mas sim completamente insatisfeito com aquilo que faz. E isso acontece porque desde o início os pais não tiveram a visão do que o filho é, mas sim do que eles gostariam que fosse”, finaliza Roseleide.
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