50 milhões de pessoas têm a doença no Brasil.
O mau hálito, ou o popular “bafo”, é algo antigo. Há inclusive referências bíblicas sobre o problema. Jó, que viveu muito tempo antes do Senhor Jesus, já descrevia a falta de paciência das pessoas com a doença: “O meu hálito é intolerável à minha mulher, e pelo mau cheiro sou repugnante aos filhos de minha mãe.” (Jó 19.17)
A palavra halitose origina-se do latim: halitu – ar expirado e osi – alteração. Até bem pouco tempo atrás não se sabia o diagnóstico e o tratamento para o mal. Foi só no final do século passado, na década de 70, que aconteceram avanços nas pesquisas sobre o tema.
Especialistas apontam que até 40% da população mundial sofre com o problema. No Brasil, a halitose atinge 50 milhões de pessoas, o que corresponde a 30% dos brasileiros. Os dados são da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).
O que é?
Segundo o cirurgião-dentista Eduardo Pedrazza, especialista em periodontia e halitose, e membro da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO), em 90 % dos casos, as causas estão relacionadas à saburra lingual. “Trata-se de uma massa bacteriana, formada por células epiteliais descamadas, proteínas salivares e restos alimentares, que servem de substrato alimentar às bactérias presentes. Ao final do metabolismo bacteriano, são produzidos compostos de odor ruim, chamados de compostos sulfurados voláteis (CSVs).”
Entre outras causas da doença, estão a tensão pré-menstrual (TPM) e a prisão de ventre. A tensão emocional causada no período pré-menstrual pode provocar diminuição da salivação e aumentar a saburra lingual, com consequente mau hálito. “Quando não cuidada, a halitose pode tornar-se um problema desagradável, que dificulta as relações pessoais tanto no trabalho quanto na vida íntima”, completa o dentista.
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